sábado, 27 de novembro de 2010

Elegia à Saudade


Saudade, és das mais belas, tristes, alegres e complexas palavras da língua portuguesa. Difícil de traduzir, fácil sentir. Falar-te é sentir-te. Enche-se o peito e depois deixa-se soltar-te na boca, e como um suspiro, és aos poucos liberada. Enches não só nosso peito, mas todo nosso ser de Lembranças, esta outra palavra tão doce na boca quanto a mais doce lembrança que suscita.
No entanto, Saudade, tu és também cruel, como só as mais cruéis palavras sabem ser. Lembra-nos Solidão, a falta que uma pessoa, que algo nos faz. Trazes junto a ti esta companhia que nos faz tão mal, a Solidão, tão pesada, fardo que, muitas vezes, não estamos acostumados, que nunca queremos carregar. Solidão chega sem pedir, com seus sons fortes que impõe medo.
Mas, Saudade, tu, também trazes consigo outras palavras e sentimentos, como Sonho. Este tão terno, que nos faz-nos sonhar acordados, pensando nas esperanças de um retorno.
E tu, Retorno, que tanto nos tira o sono, por ti tanto esperamos, pois a nossa vida depende de ti! Saudade nos faz sonhar com o retorno que inebria nossos sonhos, pois é tão suave, chega tão natural como uma brisa no fim de tarde.
            Saudade, para o bem ou para o mal, nunca nos desvinculamos de ti, pois és inerente a nós, humanos, tão frágeis, facilmente domados por simples, delicadas, fortes e marcantes palavras.
Sentimos-te, vivemos-te, sofremos-te, Saudade, tu que nunca se aplaca em nosso peito, que muda de forma, mas nunca deixas de ser saudade, a doce, a cruel e irredutível Saudade.
            Saudade remete-nos a lugares e pessoas, na maioria das vezes, mas ela consegue abraçar tanto, tudo, que é impossível fugir de suas garras, que muitas vezes nos ferem o peito, de tanto pensar nela.
            Saudade, faz-nos acordar à noite, ver o que ninguém mais pode ver na escuridão, brincando com nossos sentidos. Faz-nos sentir cheiros, toques, calores, sabores e até mesmo escutar a tua voz sussurrante, ao pé do nosso ouvido.
            SAU-DA-DE, és bela em tua essência, mas cruel, em teus atos, e nós, homens, que nos julgamos tão fortes, mostramo-nos tão fracos a ponto de sermos tão facilmente domados por ti.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Lançamento - "Elegia à Saudade & outras histórias do Lugar das Palavras"


sábado, 20 de novembro de 2010

Amizade, o sentimento que sustenta o homem

Se o amor é o sentimento que move o homem, a amizade é o que o sustenta.
Assim como o amor, a amizade pode acontecer entre quaisquer pessoas, em qualquer lugar. Pode ser numa fila de banco, num corredor de ônibus, numa sala de aula, num ambiente de trabalho e até mesmo pela internet e sempre começa de uma conversa despretensiosa, que tinha tudo para durar apenas cinco minutos, mas perdura por toda uma vida. Amizade não tem preconceito, não tem cor, não tem idade. Amizade não tem explicação, mesmo por que não se busca isso numa amizade. No amor, até muitas vezes há um questionamento do tipo: “ah, por que amo tal homem?”, “por que e como fui amar de tal forma tal mulher?”. Na amizade, se é amigo, e ponto.
Não existe intensidade para se medir uma amizade, não existe (embora muita gente afirme isso) um melhor amigo; pode até existir um amigo mais próximo, um alguém com quem se tem uma maior afinidade, mas todos são igualmente amigos.
Quantas vezes não vemos ou não falamos com um amigo há anos, e quando os reencontramos tem-se a impressão de que se esteve com ele há dois dias? Quantas vezes não vemos uma pessoa há apenas uma semana e, quando o reencontramos, o abraçamos de tal forma como se fosse uma saudade tão intensa que já perdurava por séculos? Amizade é isso, não há tempo.
Muitas vezes, temos amigos que muitas vezes nem percebemos, mas que estão e sempre estiveram ali, presentes, como os pilares de uma construção, como os pilares responsáveis pela sustentação do homem, fortes, inabaláveis.
Há quem diga que por trás de um grande homem sempre há uma grande mulher, eu ouso afirmar que ao redor de um grande ser humano há amigos.
Amigos estão sempre presentes quando mais precisamos, e até mesmo quando não os percebemos, eles estão ali. Pensamos neles quando não pensamos. São as vozes que escutamos quando estamos em silêncio, são o silêncio do respeito, da paz, quando mais precisamos, são companhia mesmo quando estamos sós. Solidão não existe quando se tem amigos, pois eles nunca nos deixam estar e nos sentir sozinhos, mesmo quando estão distantes de nós.
Sempre há um bom ombro amigo por perto. Sempre há um abraço acolhedor de um amigo quando mais precisamos dele. Amigos têm esse dom, de estarem sempre perto. É uma espécie de premonição, uma ligação inexplicável que há entre as pessoas. Não há, talvez, nada que melhor defina a amizade do que calor. Sim, calor! Quando estamos perto de um amigo não há frio, pois reside nos braços, ombros e abraços de um amigo uma inesgotável fonte de calor, sempre pronta a nos acolher.
Amigos não precisam de palavras para se comunicar, um simples olhar basta, um sorriso estampado no rosto diz tudo, uma lágrima diz muito. Os ouvidos, sempre prontas para ouvir, têm uma a paciência inesgotável, e em suas bocas, em suas palavras, reside a sabedoria. Amigo, teus sobrenomes são sabedoria e paciência.
Muitas vezes te magoamos, amigo, por motivos diversos, por não lhe termos dado ouvidos da mesma forma que nos destes, mas não o fazemos por mal. Entenda-nos, por favor, compreenda  nossa natureza falha, humana. Somos todos humanos, falhos, erramos e pecamos, enquanto tu, amigo, és feito de natureza divina.
            Não se existe ex-amigo, pois amizade, quando verdadeira, não cessa, mesmo quando ambas as partes se magoaram, quando se machucaram. Amizade é como um fogo sagrado, de fonte inesgotável, que transmite infinito calor e luz. Há rusgas, há magoas, sim, entre amigos, mas há, acima de tudo, perdão, compreensão e respeito mesmo nas palavras não-pensadas proferidas.
            Amizade é como um verdadeiro amor, é pra sempre, é para toda uma eternidade. São sentimentos que muitas vezes se confundem, que se metamorfoseiam um no outro, mas que nunca deixam de ser uma espécie de amizade, que nunca deixam de ser uma espécie de amor.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Quer ser o primeiro a ganhar um exemplar de "Elegia à Saudade"?

Meu terceiro livro, Elegia à Saudade & outras histórias do Lugar das Palavras ainda não foi lançado, mas você pode ser o primeiro a ganhar um exemplar. Para isso basta deixar um comentário nesta postagem dizendo qual a crônica, artigo ou “crítica literária”, entre as que leu, a que mais gostou, e estará automaticamente concorrendo.
Super simples: deixou comentário, falou o título do texto que mais gostou, seja ele dos mais antigos, seja ele dos mais recentes, concorre.
O sorteio acontecerá no dia 25 de novembro e todos podem concorrer, seja morador do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Amazonas, São Paulo, Japão, Portugal, Espanha, Estados Unidos ou Rússia, que o seu livro será enviado.
Você também poderá ganhar um exemplar da segunda edição de Uma História em Cinco Vozes e um de Espelho Quebrado.
Deixe sua opinião, participe e ganhe.


domingo, 14 de novembro de 2010

Cognomes

Sabe aquele assunto que parece que você é o único ser vivente na Terra que repara e sente grande fascinação? Algo como o único assunto numa mesa de bar que você puxa, se empolga, começa a falar com tal empolgação que nem repara que todos estão em silêncio, olhando fixamente para você e que, quando você termina, um alguém se levanta, agradece a companhia de todos, mas que tem que ir embora? Algumas pessoas, por vezes, até reparam no assunto, mas nem se dão conta do que realmente significa e por que está ali? Pois bem, quando o assunto é cognome eu me sinto assim.
            Sempre tive grande fascinação por cognomes, por aqueles que verdadeiramente se incorporam de tal forma ao nome da pessoa que fica impossível dissociá-lo. Algo como Ricardo Coração de Leão. Se não fosse seu cognome, ele seria só mais um homem chamado Ricardo. Já pensou se nós fôssemos estudar a história dos monarcas e das cruzadas e, ao nos referirmos a ele, falássemos apenas Ricardo, ao invés de Ricardo Coração de Leão? Há exemplo também do próprio irmão de Ricardo Coração de Leão, que recebeu a alcunha de João Sem Terra. Exemplos, há aos milhares, principalmente naquele período histórico da Idade Média, início da Renascença, Cruzadas, mas se recuarmos um pouco no tempo, iremos encontrar muitos e célebres cognominados. Até hoje em dia ainda se usa o cognome que, de tão forte e marcante que é, substitui até os sobrenomes e, se brincar, eles estão até lá no Registro Civil da pessoa, pela forma com que se incorporou à sua pessoa, se tornando mais do que uma alcunha, recebendo mesmo o valor de um sobrenome, que, sem ele, não se é ninguém.
            O cognome é algo que qualifica, que tem estreita relação com a personalidade, feitos e a história da pessoa, que o faz até ultrapassar os tempos e ser conhecido por vários séculos vindouros. O cognome é único e próprio, que o filho não herda do pai, mas que tem que conquistar o seu próprio.
            Cognomes existem desde tempos imemoriais e distinguem pessoas, mas há casos, também, de personagens da literatura que os receberam. Dom Quixote, por exemplo, o maior herói da cavalaria andante da história e da literatura mundial, recebeu o cognome de Cavaleiro da Triste Figura, mas, devido a sua bravura, ficou conhecido, mais tarde, como Cavaleiro dos Leões, depois do episódio em que desafiou um leão e saiu vencedor.
            Há grandes monarcas e cavaleiros que receberam cognomes para distingui-los, de forma que encontramos até em livros de história, como nos anais da história de grandes reinados, como da França, desde a época da Dinastia Carolíngia. Temos, por exemplo, Pepino III, que ficou conhecido como O Breve ou O Moço, Carlos Magno, O Grande, Luís, O Piedoso, Filipe III, O Bravo ou O Ousado, Luis XIV, o Rei-Sol ou o XV, O Bem Amado; na Inglaterra temos, além de Ricardo Coração de Leão e João Sem Teto, encontramos Guilherme I, O Conquistador, entre tantos outros; na Espanha vemos Filipe II, O Prudente, Filpe IV, O Grande. Encontramos grandes nomes, uns mais conhecidos, outros, talvez, nem tanto. Mas há também cognomes não tão desejados, como é o caso da rainha Isabel II, da Espanha, que é conhecida como A Chata, Carlos II, também da Espanha, O Amaldiçoado, Maria I, da Inglaterra, A Sanguinária, Eduardo I, o Pernas Longas, na França, Luis VI, O Gordo, Luis II, O Gago, Carlos II, O Calvo e já houve até uma que ficou conhecida como A Rainha Louca. Cognomes podem ser graus de distinção, algo que o qualifica, mas também pode ser uma característica, o fato é que o cognome está de tal forma imbricado ao nome do indivíduo que se o retirássemos ele seria apenas mais um.
            Hoje em dia temos famosos cognominados, principalmente no esporte. Como, por exemplo, jogadores de futebol. Temos Adriano, O Imperador, Luís Fabiano, O Fabuloso e Ronaldo, Fenômeno, sem bem que este esteja recebendo um outro cognome, depreciativo, devido à sua forma física, ficando mais conhecido como Ronaldo Bola ou Ronaldo, O Gordo.
            Mas se engana quem acha que os cognomes são exclusividade para os ricos, poderosos e famosos. Temos ilustres anônimos que recebem seus cognomes em todos os cantos do país que se vá. Não existe uma feira de bairro que não tenha o seu José da Barraca de Fruta, o Chico Peixeiro, o João Vendedor de Verdura, o Manoel Açougueiro, entre tantos outros.
            Passei os últimos dias pensando no cognome que eu receberia, por alguma distinção, característica ou coisa que o valha. O cognome, como já disse, tem que ser algo que verdadeira se incorpore ao meu nome de batismo, algo que seja uma marca minha. Cognome não é uma palavra, mas sim algo que me seja próprio, que me torne único.
            Eram horas angustiantes as que eu passava, em busca de meu cognome, quando expus os motivos de minha aflição a um amigo, que me respondeu dizendo que eu deveria me chamar Lima Neto, o Talvez. Achei, óbvio, aquela ideia o cúmulo do ridículo. Que diabo era um cognome como aquele, Talvez? Pensava em algo como Lima Neto, O Escritor, Lima Neto, O Livreiro, o mesmo Lima Neto, O Chato, O Resistente às Novas Tecnologias ou mesmo O Preguiçoso, mas estes me pareceram muito óbvios, algo como um Lugar Comum, que poderia ser o cognome de qualquer pessoa, não sendo necessariamente só meu. Mas pensando melhor, vi que o Talvez realmente tenha sido uma marcante característica minha, ao longo de toda a vida. O Talvez sempre me eximiu da culpa de um Sim dado em um momento errado e me tirou a responsabilidade de um Não inoportuno. Eu sempre fui uma espécie de Meio-Termo, nem sim nem não, sempre fui o Talvez. Então fico eu a partir de hoje, o Lima Neto, O Talvez. Tudo bem que talvez você, leitor, fique bestificado com os rumos que tomou essa crônica, talvez até nem volte a visitar esse blog, de tão chateado que ficou e esteja pensando seriamente que Talvez eu precise fazer uma visita a um psiquiatra. Pois é, definitivamente, o Talvez bem que combina comigo e irá ser incorporado ao meu nome de batismo e irei carregá-lo a partir de hoje até o fim de meus dias.

domingo, 7 de novembro de 2010

Um nobel de literatura para o Brasil, quando teremos?

            Há alguma semana saiu o tão aguardado anúncio do escritor laureado com o Nobel de literatura de 2010. Fiquei feliz com o resultado, com a maior honraria da literatura mundial sendo dada a um escritor latino-americano, peruano, que tem uma relação tão estreita com o Brasil, tendo, inclusive, uma de suas maiores obras, Guerra do Fim do Mundo, sido inspirada num marcante episódio da história de nosso país e num livro em especial: Os Sertões, de Euclides da Cunha.
            Mário Vargas Llosa é um escritor com um longo engajamento político, um escritor cuja obra não se resume só e unicamente aos méritos literários. A obra do peruano congratulado com o Nobel de literatura ultrapassa as fronteiras da literatura e está inserida num contexto histórico, político, sociológico e cultural. Repleta de personagens marcantes, sua obra cativa leitores de todo o mundo, apaixonados e amantes da verdadeira literatura.
            No mesmo dia em que fiquei sabendo que Llosa tinha ganhado o Nobel, um amigo me parou para perguntar o que eu tinha achado da premiação. Achei a premiação justa, uma vez que o escritor tem uma obra tão vasta e importante e fiquei feliz, por ele não ser um inteiro desconhecido, para mim. Já li dois livros dele, um que adorei, e outro nem tanto assim. Mas aí esse mesmo amigo foi o soltou a pergunta que me deixou por dias e mais dias pensando: e nós, quando teremos um Nobel?
            Realmente, nós, brasileiros, não temos nenhum Nobel, seja lá em que área for: química, física, medicina, paz, economia, literatura, etc. Ser congratulado com o Nobel é um reconhecimento pelo trabalho realizado, seja ele em prol da ciência, sociedade ou arte (como, no caso, a literatura) e apesar de haver as contestações (sempre há) e interesses, tal prêmio é um gral de distinção dentro de um contexto no que se refere ao avanço da ciência e pesquisa. O Nobel é um motivo de orgulho à nação do vencedor.
            Mas e na literatura em específico, quando ganharemos tal distinção? Para ser sincero, eu não saberia responder a tal questão. Hoje, dentro da literatura brasileira, eu não consigo enxergar um grande nome, uma “unanimidade”. Temos, lógico, grandes escritores, como João Ubaldo Ribeiro, Cristóvão Tezza e Milton Hatoum, poetas magníficos, como Ferreira Gullar, entre tantos outros, como Nélida Piñon, Ignácio de Loyola Brandão, etc. alguns desses, inclusive, já tendo recebido inúmeras premiações, inclusive internacionais. Temos outros grandes escritores, sem dúvida, mas estes que citei representam, na minha humilde opinião, o que de melhor há no contexto da literatura brasileira.
            Analisando a história e os nomes da literatura brasileiro desde o início do século XX, surgem nomes de peso, autores magníficos, que bem poderiam ter recebido a honraria do Nobel, pela importância de sua obra. Podemos citar escritores como Jorge Amado, Érico Veríssimo, Graciliano Ramos, João Guimarães Rosa, Clarisse Lispector, José Lins do Rêgo, Fernando Sabino, poetas espetaculares, Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Moraes, mas, hoje, a literatura brasileira passa por um processo de “renovação”, de criação de uma identidade, para, só então, se criar esse grande nome.
            A literatura brasileira, hoje, está carente. Não se há um grande nome que inspire respeito, como o foram alguns dos escritores do século XX e outros tantos que os precederam.
            Paulo Coelho? Sem comentários. Ele tem lá seus méritos, sim, embora a crítica o condene, mas é inegável a sua importância dentro do mercado editorial. Chico Buarque? Falar dele é perigoso, uma vez que seu nome inspira tanto respeito, principalmente por conta de sua estupenda história dentro da música brasileira. Talvez Chico, como escritor, romancista, seja mais respeitado como compositor do que por seus méritos literários propriamente ditos. Seus leitores confundem os dois Chicos. Ganhou inúmeros prêmios, inclusive esse ano, de 2010, sendo honrado com o Jabuti, o mais importante prêmio da literatura brasileira, mas, torno a dizer, seu respeito seja mais dado por conta de sua história e seu talento dentro de outras artes que não a literatura. Não estou dizendo, aqui, que Chico Buarque seja um mau escritor ou coisa do tipo (não me entenda mal, amigo leitor, por favor), o que questiono, e sempre questionei, está no fato do nome Chico Buarque, dentro da literatura, ser superestimado. Luiz Fernando Veríssimo? Grande cronista, sem dúvida. Gosto muito de seus textos, mas ele está longe de ser um Nobel. Martha Medeiros? Outro grande nome dentro do gênero crônicas, mas sua literatura ainda tem muito a amadurecer, ela ainda terá que incursionar em outros estilos, escrever mais, para só então se firmar como um grande nome dentro do cenário nacional da literatura. Talvez, só tenhamos nomes de maior respeito, “unanimidades” dentro da literatura infanto-juvenil. Nesse segmento da literatura estamos muito bem representados, com escritores como Pedro Bandeira, Ruth Rocha, Ziraldo, Ana Maria Machado, Lygia Bojunga, entre tantos outros. Esses escritores semeiam hoje a literatura naqueles que serão os leitores de amanhã. Mas infelizmente, literatura infanto-juvenil não ganha Nobel!
            Talvez, daqui a alguns anos surja e seja reconhecido um grande escritor, respeitado pela crítica e público, não só aqui, no Brasil, mas também no exterior, que possa, que seja digno de ser honrado com o Nobel de Literatura. Tomara que eu ainda esteja vivo daqui pra lá, que possa sentir orgulho ao ver meu “irmão de pátria” ocupar o “posto mais alto” da literatura mundial.