sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Balanço anual de planos e leituras de 2009


Final do ano se aproximando, e eu me vejo aqui, sentado de frente ao computador, pensando em tudo aquilo que havia planejado para o ano de 2009. Muitos planos foram concretizados, outros parcialmente, alguns se mostraram inviáveis enquanto outros não foram nem tentados. Mas no geral, coloco 2009 como um ano muito bom, em que meu sonho maior foi realizado, e estou iniciando minha “carreira literária”. Uma História em Cinco Vozes foi um sucesso de crítica e público, sua primeira tiragem foi esgotada e tive que correr para providenciar uma segunda, para este final de ano, para que não faltasse livros para “meus leitores”. Terminei outro livro, Espelho Quebrado, que ainda não tem data fechada para lançamento, mas que provavelmente será já no primeiro semestre de 2010, e ainda há outros projetos literários para 2010, como a publicação de outro livro de contos e novelas, um “livro ilustrado” e ainda outros romances a serem iniciados.
            As leituras de 2009 foram muito boas, apesar de alguns livros não terem sido dos mais interessantes. Iniciei 2009 lendo O Conde de Monte Cristo, um dos mais engenhosos e belos livros que já li em minha vida, li livros de contos e crônicas para desopilar vez por outra, me surpreendi quando li Indignação, fiquei perturbado quando li Fome e tocado quando me deparei com O Filho Eterno. Fiz a releitura do que, para mim, é um dos mais belos livros da literatura brasileiro de todos os tempos, Olhai os Lírios do Campo, e ri bastante com alguns livros de Luis Fernando Veríssimo, além de ter descoberto, tardiamente, é verdade (mas, como diz o ditado: antes tarde do que nunca!) Jorge Amado. Conheci alguns belos livros da literatura brasileira e fiquei encantado com as histórias de Francisco Alves Martins Neto, nas histórias de seu livro Crônicas Sensoriais, além de ter descoberto algumas belas histórias (e livros) da literatura potiguar. Li biografias, contos, crônicas, romances, clássicos, Best-sellers, policiais, livros de ficção científica, cartas de amor (com o livro Para sempre – 50 cartas de amor de todos os tempos), mas não tive a coragem de encarar Ulysses, de James Joyce, e tive que adiar os planos de ler tal livro nas minhas próximas férias. Conheci obras magníficas da literatura mundial, clássicos que me envergonhava de nunca ter lido, como Admirável Mundo Novo, Fahrenheit 451, A Revolução dos Bichos, além de alguns belíssimos livros da literatura brasileira, como Meninos de Engenho e Capitães da Areia e bebi cada palavra de Os Miseráveis e me apaixonei perdidamente, surpreendido enormemente com a doçura das palavras de Felicidade Conjugal. No entanto, as leituras de 2009 não foram só flores, pois também houveram algumas decepções, como A História de Edgar Sawtelle (que é uma contra-indicação de leitura que faço) e a leitura do insosso A Professora de Piano.
Russos, brasileiros, potiguares, alemães, franceses, norte-americanos, italianos, ingleses, africanos, orientais, enfim, foram muitos os livros lidos, muitas surpresas e algumas decepções, mas que 2009 foi um ano e tanto, isso é inegável.
Trabalhei muito, escrevi muito, li muito, tive tempo para muita coisa e faltou tempo para outras. Não entrei na academia, ganhei peso, perdi peso, não ganhei na Mega-Sena (também, não joguei!) como havia planejado. Solidifiquei amizades, fiz novos amigos, e acredito não ter feito nenhuma inimizade. O blog eu mantive bastante ativo, recebi inúmeros e-mails de leitores, elogiando ou criticando os textos, participei ativamente do Skoob, descobri o Livro é Tudo e participei da organização do Primeiro Concurso Cultural, que distribuiu inúmeros livros como premiação deste portal.
E revendo tudo isso, percebo que, apesar de não ter realizado tudo aquilo que planejei no início do ano, curti cada momento daquilo que empreendi. O que fiz, o que conquistei, não foi fruto de um gênio surgido de uma lâmpada mágica que realizou, num passe de mágica, meu desejo, mas sim, fruto de muito esforço e perseverança.
Sei que muito do que não foi feito deve-se a simples falta de tempo. Também, eram tantas coisas a fazer, tantos planos, que seriam necessário pelo menos 5 anos pra dar cabo de tudo! O que foi feito, o que foi conquistado, valeu a pena, foi suado e hoje me vejo orgulhoso por tudo isso.
 2010 está aí, batendo à nossa porta, e o que planejo para esse ano? Eu não sei, ainda. Só sei que 2009 foi um ano muito bom e me encontro, hoje, curtindo os louros da vitória e descansando, pois um novo ano está para começar e uma nova luta está para ser iniciada.
Desejo a todos um feliz 2010, repleto de muitos planos e sonhos realizados, e muitos livros lidos.

Um comentário:

  1. Obrigado Lima Neto, pela citação do meu livro no seu artigo. Isto muito me honra vindo de vc.

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