‘Tá bom, ‘tá bom, ‘tá bom...
dessa vez passaram dos limites. E para eu falar que passaram dos limites é por que mais do que simplesmente
passaram dos limites, mas sim, que se chegou ao fundo do posso. Sempre fui (e
ainda sou) uma pessoa muito compreensiva, sempre fui muito de respeitar tudo, e
até as coisas de que não gosto, procuro ver algum valor, algum sentido, nem que
esse valor e esse sentido só tenha sentido para uma pessoa. Também sou uma
pessoa muitíssimo paciente (e quem me conhece sabe disso), e que para me tirar
a paciência só sendo algo de excessivamente excepcional, algo que me deixa
verdadeiramente irritado ou decepcionado.
O
que tem me tirado a paciência, tem mexido comigo a ponto de tirar minhas noites
de sono, chama-se música. Sim, a
música (ou falta de boa música) tem me tirado a paciência. É sério. Nunca falei
tão sério nas últimas semanas (nos textos que tenho colocado neste blog) como
estou falando agora. Está simplesmente impossível se escutar uma música boa de
verdade (ou pelo menos agradável) hoje em dia em qualquer rádio. É sério. Tente
para ver (ou para ouvir, como queira), para confirmar o que estou dizendo.
Tudo
bem que a maioria das rádios mais populares, digamos assim, nunca se
caracterizou por ter uma programação lá muito seletiva, mas pelo menos era
possível se escutar uma música boa entre todos aqueles hits do momento que eram pedidos por todos aqueles ouvintes insanos
que tinham coragem de ligar pedindo uma música. Escutar rádio, às vezes, era um
verdadeiro exercício de paciência. Ficar horas e horas com o rádio ligado,
sendo obrigado a escutar músicas de que não se gostava só para, no final da
programação, ouvir aquela música... nossa, ouvir aquela música tinha o mesmo
efeito que ganhar uma medalha por bravura, perseverança, uma verdadeira prova
de coragem! Hoje, escutar rádio é algo que podemos chamar de causa perdida. Não me venham com
desculpas e falando coisas do tipo “não é bem assim”, porque é, sim, e todos
sabemos muito bem disso!
A
música, as rádios, chegaram ao fundo do poço, o que é lamentável. Escutar rádio
é como fazer um teste de insanidade (uma pessoa sã de verdade é incapaz de
fazer tal teste), pois não se ouve nada que possua um verdadeiro valor musical.
Só se ouvem (as pessoas, ouvintes, só pedem!) os hits (ridículos, diga-se de passagem), do momento. É um tal de “vou
não, quero não, posso não, minha mulher não deixa não”, ou a sua réplica, que
diz “vou sim, quero sim, posso sim, minha mulher não manda em mim” (!). Isso
sem contar as “cerejas dos bolos” (são tantas cerejas em tantos bolos que
precisamos rezar para aguentar tudo isso!), as “músicas” que foram as mais
tocadas no carnaval (que finalmente acabou – ufa!) e têm os videoclipes mais
vistos no youtube (alguém sabe de quem foi a ideia de se permitir que todo
mundo pode fazer um clipe e postar no youtube? Se souber, me diga, que eu mato
esse infeliz das costa oca, para
falar no bom nordestinês!), uma tal de “Dança do Street Fighter” e uma “Daança
da Liga da Justiça” (por favor, não vá ao youtube quando terminar de ler este
texto para ver tais videoclipes, pelo bem de sua sanidade mental. Acredite em
mim. Eu os vi e posso assegurar que eles não valem a perda de 3 preciosos
minutos de seu dia).
Para
mim já chega. Já dei todas as oportunidades, já gastei toda a minha paciência
(e olhe que sou muito paciente, mas até a minha paciência tem limite), e
resolvi que a partir de hoje não vou mais ouvir rádio, não vou, nem sob pena de
morte, sintonizar uma “rádio popular, líder de audiência”, até o fim de meus
dias. E resolvi aposentar, de forma definitiva, o meu velho aparelho de som, e
para não dar um fim indevido a ele, optei por usá-lo como um artigo de
decoração, ou uma verdadeira peça de museu (como queiram chamá-lo).
Demorou para você perceber isso meu caro. Ouvir rádio e ouvir uma boa musica é coisa do passado.
ResponderExcluirEsqueça isso.
Abraços
é por que eu sou teimoso, dou milhares de oportunidades. mas agora foi pra valer, e cansei das rádios
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