Todos nós deveríamos ter, ao
menos uma vez na vida, a oportunidade única de conhecer nossos ídolos, de estar
perto deles, de olhar em seus olhos, de apertar sua mão, de dizer que o
admiramos, etc, etc e etc. Isso faz um bem danado à alma, viver toda a
expectativa, pegar fila, conhecer outros fãs, tão ou mais apaixonados que você,
ver a fila andar, repassar o discurso que se passou semanas planejando e na
hora, gaguejar e não conseguir falar nada além de um “te admiro muito” e um “muito
obrigado” depois de receber o autógrafo.
As
semanas que antecedem o grande evento são longas como uma eternidade, os dias
demoram a passar e você passa noites sem dormir direito, com medo de que, se pegar
no sono, vai acabar dormindo demais e perdendo a oportunidade de conhecer o
ídolo. É um tal de faz e refaz o discurso, muitas vezes ensaiando no banheiro,
se olhando no espelho, procurando a palavra certa para quando chegar a hora. O dia
de véspera então é um tormento, o maior e o mais feliz que um ser humano pode
passar. E ao chegar ao local do evento (duas horas antes do início marcado para
a chegada “do cara”), você vê que, apesar de tudo, de ter acordado cedo, de ter
chegado bem antes da hora marcada, há uma enorme fila já formada e aí vem o
medo de não dar tempo de chegar a sua vez, afinal de contas, seu ídolo tem uma
agenda a cumprir, um horário rigoroso e excessivamente justo. Você fica na
fila, olhando para um lado e para o outro, olhando a cada dois minutos para o
relógio, com medo de não dar tempo de chegar perto dele. Vê algumas pessoas
furando a fila, pois são amigos de algumas pessoas que estão à sua frente, mas
você não reclama, afinal de contas, seus amigos também estão para chegar e você
está guardando o lugar para eles.
Você
está lá, já cansado, com sede e aquela carga de adrenalina que percorria seu
corpo no início do dia começa a baixar e o cansaço físico e mental começa a dar
ameaças de que vai lhe abater, quando se ouve um barulho, uma verdadeira
gritaria e você olha para o lado, para o local de onde está vindo aquele
barulho. Seu coração quase para quando você o motivo da gritaria: seu ídolo
acabou de chegar e você o viu. Sua garganta
fica seca, seu coração ora acelera, ora ameaça parar. Seus amigos à essa hora
já chegaram e você toma coragem e pede que eles guardem seu lugar, pois você
pretende tentar chegar perto dele. Com
as pernas tremendo, dando passos incertos, você caminha entre aquele mar de
gente, que se acotovela e se espreme bem perto de onde ele está. Você ainda tem dúvidas se realmente é ele ou se é um outro alguém, parecido
que está ali. Mas devido às proporções do evento, você começa a acreditar que ele está ali.
As
pessoas lhe dão passagem e você vê que algumas, visivelmente emocionadas, saem
até trêmulas e outras até chorando (não se critica essas “lágrimas bestas”,
como alguns insensíveis falam, pois são lágrimas sinceras, lágrimas de
admiradores, lágrimas de fãs!). Você olha para o alto, procurando coragem e
dizendo para si mesmo que “não vai dar vexame e chorar”. Olha para a frente, dá
alguns passos, dessa vez mais decidido, e vê... ele está bem ali, a poucos metros de onde você está. Você tem
vontade de chamá-lo, de fazer algo para chamar a atenção dele. Mas ele está
muito ocupado, atendendo tantos fãs. Você volta para seu lugar na fila, dizendo
que tudo aquilo já valeu. Tem vontade mesmo de voltar para casa, sem pegar o
autógrafo, pois só em ter estado perto dele já valeu. Mas não, você fica,
afinal de contas, você não passou tanto tempo aguardando aquele momento e justo
quando ele chega, você dá para trás. Não. Você não vai embora. Você vai ficar.
A
fila anda lentamente e você olha para o relógio, pois começam a circular
rumores de que só restam mais uns poucos minutos. “Será que você vai conseguir
chegar até ele, lhe dirigir algumas palavras e apertar sua mão?”, é a grande
dúvida que lhe vem à mente naquele momento. Mas você tem que ser otimista, e de
tanto pensar positivo, a fila começa a andar. Agora se está há poucos metros
dele e, de onde está, você pode vê-lo. Sua vez está chegando e você começa a
suar frio e aquelas palavras, as mesmas que você vinha decorando á semanas, lhe
fogem. Sua vez chega e você sente suas pernas pesadas e estende sua mão, que ele aperta e lhe presenteia com um sorriso.
você gagueja e não consegue falar absolutamente nada daquilo que tinha
planejado, mas que importância tem as palavras ali, naquele momento? Você o
olha de perto, o toca, para ver se é real, se tudo aquilo está realmente
acontecendo. Recebe seu autógrafo e se despede, feliz da vida. Você mais do que
ganhou o dia, ganhou a semana, o mês, o ano, ...
Agora
você se sente um fã completo e se julga o
maior fã do mundo (na verdade, você não “se julga”, por que você é). Pode ir para casa agora,
satisfeito, feliz, por que foi tudo maravilhoso, foi tudo perfeito, por que
tudo valeu a pena.
você, amigo leitor, que acompanha este blog, sabe que não sou de colocar coisas muito pessoais e particulares minhas nesse blog, não, mas um caso como esse foi deveras especial para mim, e eu não resisti.
ResponderExcluirtudo aconteceu ontem, dia 19 de março, e estou, ainda, eufórico, completamente sem voz, mas me sentindo feliz da vida, realizado, por ter chegado perto de meu grande ídolo: Humberto Gessinger.
Conhecer meu ídolo foi a melhor sensação que eu já tive É incrível como tudo foge na hora, o ar, as palavras.. Se Deus quiser dia 15 estarei falando com o grande Humberto aqui em Recife!
ResponderExcluirVc fo abençoado neste dia.. Parabénss
ResponderExcluirAbraços Josue Melo
Parceiro, conhece o blog enghawonline? todas as terças são publicadas fotos dos fãs com HG. se te interessar, envie a tua.
ResponderExcluirAbraço!
www.enghawonline.blogspot.com
Conhecer um idolo deve ser umas das maiores emoções da vida .. É bom demais, Lucas Silveira e Rodrigo Tavares eu consegui, o que me falta mesmo é Humberto Gessinger, e esse eu sei que será O DIA.
ResponderExcluirRealmente é uma sensação incrível, o mais frustrante para mim foi que eu não consegui dizer nada, eu só consegui dar um oi, um beijo no rosto dele e entregar o presente, minha irmã fez o resto, de dizer que sou fã dele rs. Nunca me esquecerei...
ResponderExcluirRealmente é uma sensação incrível, o mais frustrante para mim foi que eu não consegui dizer nada, eu só consegui dar um oi, um beijo no rosto dele e entregar o presente, minha irmã fez o resto, de dizer que sou fã dele rs. Nunca me esquecerei...
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