domingo, 1 de novembro de 2009

Indignação - Livro da Semana


Philip Roth, escritor norte-americano nascido em Newark, Nova Jersey, em 1933, numa família de origem judaica, é considerado um dos maiores romancistas do seu país na segunda metade do século XX. É conhecido, sobretudo, pelos romances, mas também tem uma extensa obra em contos e ensaios.
            Entre as suas obras mais conhecidas encontra-se a coleção de contos Goodbye, Columbus, de 1959, a novela O complexo de Portnoy (1969), e a sua trilogia americana, publicada na década de 1990, composta pelas novelas Pastoral Americana (1997), Casei com um comunista (1998) e A Mancha humana (2000).
            Muitas de suas obras refletem os problemas de assimilação e identidade dos judeus nos Estados Unidos e explora a natureza do desejo sexual e da autocompreensão. A marca registrada da sua ficção é o monólogo íntimo, dito com um humor amotinado e a energia histérica por vezes associada com as figuras do herói e narrador de O complexo de Portnoy, a obra que o tornou conhecido.
            Venceu diversos prêmios literários, inclusive o Pulitzer, na categoria ficção, pelo seu livro Pastoral Americana, em 1998.
            Em seu mais novo livro, Indignação, Roth, conta a história de Markus Messner, um jovem judeu residente em Newark. Estudioso, Markus acostumou-se, desde cedo, a ouvir das pessoas que tinha um longo e belo futuro pela frente. Destaca-se na escola pelas excelentes notas e bom-comportamento. No entanto, apesar de fazer sempre o que os outros esperam dele, sendo um bom filho, não se envolvendo com coisas erradas, que não sejam da tradição a que sua família segue, ele se vê obrigado a, na maioridade, quando entra pra universidade, ir embora para estudar numa no estado de Ohio, na Universidade de Winesburg, uma instituição conservadora, tudo porque seu pai, um açougueiro Kosher, vigoroso, parece ter enlouquecido ante a menor probabilidade de seu filho se desvirtuar – louco de medo e apreensão que os perigos da vida adulta e o mundo cercam seu único filho.
            Cansado da insegurança e da loucura de seu pai, Markus se muda e passa a viver num quarto do alojamento da universidade, que fica no Meio-Oeste americano. Lá, no primeiro quarto que ocupa, tem desentendimentos com um dos companheiros de quarto, e acaba se mudando. No segundo quarto a que ocupa, apesar de ter encontrado, pelo jeito, um outro aluno tão aplicado e discreto quanto ele, teve desentendimentos, e mais uma vez teve que mudar de quarto, indo, dessa vez, ocupar um quarto sozinho, o que acabou por chamar a atenção do diretor da universidade, que o chama para conversar e tentar entender os problemas de sociabilidade do jovem e talentoso judeu.
            Em meio a todas as confusões do inicio dessa fase de sua vida, Markus também se vê numa fase de descobertas em sua vida, de uma paixão arrebatadora por Olívia, uma não-judia cujos pais são divorciados, tentou suicídio e sofreu de problemas de ordem psicológicos, que a levaram, inclusive, a ser internada.
            Medo, insegurança, conflitos e incompreensão acabaram por levar o promissor aluno de direito da Universidade de Winesburg aonde ele não quer ir: para a Coréia, no auge dos conflitos, onde os Estados Unidos estão envolvidos, de onde ele conta sua história após ter sido ferido, sob o efeito da morfina.


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