domingo, 11 de novembro de 2012

Eterno nostálgico

Eu sou um eterno nostálgico, desses que passa horas a fio, parado, rindo sozinho de uma saudável e agradável lembrança; sou desses que são capazes de se acabar em lágrimas ao se dar conta de que aquele fato, lembrado com tanto carinho, que não vai mais voltar, que por mais que a gente se esforce, não consegue voltar no tempo para vivê-lo novamente, para fazê-lo de forma diferente, ou simplesmente para fazê-lo exatamente igual.
Eu sou um eterno nostálgico, desses que não cansa, nunca, de rir novamente, novamente e novamente de uma coisa passada há tanto tempo, que, embora sendo o mesmo fato, cada vez que eu o lembro, o faço de maneira diferente, o sinto de maneira diferente, o revivo de maneira diferente em minhas doces lembranças; sou desses que é capaz de se arrepiar a cada vez que revê e revive determinada lembrança, que sente um arrepio percorrendo todo o corpo quando ouço determinada música que me faz lembrar de determinada e tocante lembrança.
Eu sou um eterno nostálgico, desses que por vezes são extremamente egoístas, que não gosta de compartilhar com ninguém uma doce lembrança, mas, por vezes, sou desses que tem vontade de, às 3 da madrugada, ligar para o amigo com quem se viveu tal momento, só para podermos revivê-lo e rirmos juntos.
Eu sou um eterno nostálgico, desses que vive eternamente com um pé no passado, desses que vive intensamente o presente com a esperança de que, no futuro, quando o presente for passado, poder me lembrar de tal tempo com uma especial, intensa e saudável saudade.

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