Cansei, cansei e cansei. Fui compreensivo
e paciente até onde me foi possível, mas, definitivamente, não dá mais para
aguentar tudo isso que têm feito aos clássicos seres sobrenaturais, às
criaturas das trevas, que povoam as sombras e vivem a se esconder nas noites
escuras, isso tudo para dar um toque meloso (e ridículo) a fim de atingir um
público teen.
Primeiro
foram os vampiros... nossa... o que fizeram com os vampiros? Acredito piamente
que desde o lançamento do primeiro livro da saga Crepúsculo os ossos de Bram Stoker estão se revirando em seu
túmulo, seu espírito está desejoso de reencarnar só e unicamente para dar uma
boa lição na escritora que criou os vampiros que brilham como uma fada, são
inofensivos, estudam numa típica escola norte-americana e (pasmem) não mordem
absolutamente ninguém. Vampiro que não morde ninguém nem suga sangue, por um
acaso, se alimenta do quê? Alface? Couve-Flor? Ah, já sei: ele morde o caule de
Planta-Carnívora né?! Francamente, não dá para aturar isso e ficar calado. Sou
um amante confesso de histórias clássicas de suspense e terror, um apaixonado
por livros, histórias e filmes capazes de fazer o nosso sangue gelar, e tenho
até sido bastante comedido em minhas palavras sobre toda essa questão, mas
chegou a um ponto que não dá mais para aguentar, para ficar calado e fingir que
está tudo bem.
Fazer
um vampiro-fada, que brilha, que não morde ninguém e que ainda protege mocinhas
inocentes? Tenha paciência, amigo!
Até
Anne Rice, que dá um ar todo romanceado, dota seus personagens (vampiros) de
sentimentos humanos, os faz sofrer com a dualidade e complexidade de sua
natureza respeita, e muito, o vampiro vampiro.
Mas
essa escritorazinha-de-meia-tigela, criadora da saga crepúsculo... não... ela, definitivamente, pode ter criado
qualquer coisa, menos um vampiro. Muito pelo contrário: ela destruiu tudo, toda
uma história, todo um mito que existe por trás dessas criaturas que povoam o
nosso imaginário há tão longo tempo. Ela, definitivamente, não lê, não conhece,
não respeita nada do que já foi produzido, seja na literatura, teatro e cinema
sobre vampiros.
Mas
tudo bem... poderíamos relevar, se se trata-se de um caso isolado, de uma
escritora, apenas, querendo atingir a um público específico, vender alguns
livros e faturar alguns milhões de dólares. Mas eis que surge uma enxurrada de
livros semelhantes, de histórias tão mal escritas e tão sem fundamento quanto a
da miss-crepúsculo. Foram tantas as coleções, tantas séries, tantas sagas de
vampiros-que-não-são-vampiros (todas figurando em todas as listas dos livros
mais vendidos de todas as livrarias, revistas e jornais do país) que eu já
perdi a conta.
Mas
tudo bem, isso é fase, logo vai passar... logo, logo todo mundo esquece, param
de publicar essas porcarias e tudo volta ao seu respectivo lugar. Que nada,
amigo!
Como
se não bastasse tudo que fizeram com os vampiros, agora, para “inovar”, os
escritores-destruidores-de-mitos foram em busca de outras “fontes inspiradoras”,
e começaram a escrever histórias de tudo quanto é ser mitológico e de criaturas
das trevas. São histórias de lobisomens que não uivam, anjos caídos e agora
(pasmem!) de zumbis apaixonados!
Até
os anjos, amigos, estão sendo vítimas de tal infâmia! Se houvesse alguma força
que regesse o universo, com certeza ela não permitiria que isso fosse feito com
as suas mais belas e perfeitas criaturas, que são responsáveis por guardar tão
bem o nosso mundo.
Lobisomens
viraram simples cachorrinhos vira-latas e se apaixonam por mocinhas inocentes,
que de inocentes não têm mais nada, que são verdadeiras e provocantes Lolitas
conscientes do poder que sua sedução.
E,
agora, como se não bastasse tudo isso, eis que a mais improvável criatura se
apaixona: um zumbi. E, como se não bastasse, a história do tal zumbi trata-se
de uma espécie de releitura tosca e ridícula do clássico de William
Shakespeare: Romeu e Julieta. Então,
com tal livro, conseguiram destruir dois clássicos com um livro só: o clássico
de Shakespeare e os zumbis.
Definitivamente,
livros como esses deveriam ser banidos das livrarias e as editoras não deveriam
sequer aceita-los para análise.
Tudo
bem, isso é uma opinião minha e pode até ser tida como sendo um tanto quanto
radical. Sei que para atingir a um público jovem (teen, como falam hoje em dia) é preciso se falar a língua deles,
escrever histórias que possa ser de seu interesse, etc, etc e etc, mas é
possível se produzir literatura de qualidade, se criar histórias boas, se
atingir a tal público, vender alguns milhões de cópias, se faturar alguns
milhões sem denegrir imagem e história alguma.
Enfim,
estou cansado, definitivamente perdi a minha paciência e na minha condição de
amante da boa literatura preciso expressar a minha opinião quanto à tudo isso
que estão fazendo, denegrindo as criaturas das trevas com essa “literatura teen”.
Eu proporia um boicote a tais livros e filmes... mas como sei que quase ninguém
me apoiará nessa minha “campanha” de um homem-leitor só, resta-me o prêmio de
consolo saber que mais cedo ou mais tarde esse lixo (que alguns ousam chamar de
literatura) vai ser recolhido, ninguém mais vai se lembrar que um dia ele
existiu (se é que podemos falar isso dessa pseudo-literatura) e tudo vai voltar
a seu devido lugar: os vampiros vão voltar a viver nas sombras da noite,
poderão voltar a morder e a matar, os lobisomens vão voltar a uivar para a lua
cheia, os anjos vão voltar a proteger e guardar nosso mundo e os zumbis...
bem... os zumbis podem voltar a se arrastar e a comer cérebros...
Zumbis? hehehe Quem djabo quer um monte de carne podre?
ResponderExcluiré o novo sucesso que chegou lá na livraria.
ResponderExcluirlegal é que quando se lê a sinopse do livro se tem a real noção de que ponto chegou a "literatura teen". os escritores não tem mais o que inventar nem para onde cair!
há uma luz no fim deste túnel de trevas... EDUCAÇÃO DE QUALIDADE
ResponderExcluirZumbis apaixonados! kkkkkkkkkkkkkkk essa não!!! Realmente quem quer isso?? Carnes mortas eca!!!!!!!!
ResponderExcluirTodo esse ódio por literatura juvenil... Você já leu alguma coisa antes de descer o pau nelas?
ResponderExcluirPorque falar da boca pra fora, sem conhecimento de causa é ignorância, não acha?