domingo, 5 de janeiro de 2014

Ano Novo - planos não tão novos assim...

Início de ano é tudo igual: revemos em flashback todo o ano anterior, analisamos o que deu certo, o que se saiu como deveria, o que deu errado, e porque assim o foi, o que aconteceu de imprevisto que foi bom e o que foi não tão bom assim; os primeiros dia do novo ano também é época de tristeza, pois os números que jogamos na Mega da virada não foram sorteados, de forma que ainda continuamos pobres; e, principalmente, é a época de traçarmos todos aqueles planos mirabolantes, que logo na primeira semana já desfazemos, refazemos e dizemos para nós mesmos que não são possíveis de serem realizados.
            As mulheres fazem a promessa de iniciar na primeira semana do ano aquela dieta super-milagrosa-maluca (algo do tipo, “a dieta da água e do vento”, os dois únicos elementos naturais essenciais á vida que não engordam!), mas que acabam quebrando a dita cuja logo nos primeiros dias, quando são convidadas para um almoço na casa daquela tia que é uma super-cozinheira e que preparou aqueles quitutes divinos para a sobremesa, e depois, findo o almoço e com a barriga devidamente “forrada” com a sobremesa, alegam que “foi só daquela vez”, que no dia seguinte irão retomar a dieta. Os homens prometem “se aprumar”, prometem dar mais atenção às namoradas e menos ao jogo de futebol ou coisa do tipo, mas no primeiro final de semana as convidam (prova de que estão mudando) para um “programa romântico”: o primeiro jogo do seu time de coração (tendo comprado até os ingressos!). Os adolescentes prometem que nesse ano que se inicia irão se dedicar mais aos estudos e que, prova disso, é que o uso indiscriminado de computadores (internet), vídeo game e uso abusivo de celulares (conectados á internet) será apenas nesse período, nas férias, pois logo no primeiro dia de aula deixarão os apetrechos tecnológicos de lado para se dedicarem de verdade aos estudos. Há os que prometem (esse ano sim!) iniciar uma atividade física, talvez até entrar numa academia, e prova disso, de sua força de vontade, é que já compram logo os tênis para a prática esportiva. Há os que prometem passar num concurso público (!) e já começam o ano “com gás total”, avisando aos amigos que não mais o convidem para os churrascos nos finais de semana ou a cervejinha nas noites de sexta, pois estão totalmente focados em seus objetivos. Há os que prometem ficar milionários ao ganhar um prêmio na loteria e já começam na primeira semana fazendo mil e uma apostas, que vão diminuindo, diminuindo e diminuindo semana a semana à medida que o ano avanço, que os sorteios são realizados e não chegam sequer perto de acertar um bilhetinho sequer, nem que seja em um prêmio secundário (não precisava nem ser na sena – podia ser uma quina ou uma quadra).
            Eu, entrando no clima, não podia deixar passar essa época de “fazer os planos” para o ano que se inicia. Prometo que neste ano de 2014 iria iniciar a leitura de Ulysses, de James Joyce (acho que prometo isso desde 2006, ano em que comprei meu exemplar, e nunca sequer abri o livro); prometo assistir aos meus seriados (que baixo da internet e assisto no computador), mas para isso preciso mandar ajeitar o computador, que está sem som; prometo, também, assistir aos meus filmes (aqueles que baixo, baixo e baixo na internet, mas que nunca assisto), mas preciso mandar meu aparelho de DVD para o conserto para iniciar minha maratona de filmes; prometo iniciar minhas caminhadas (corridinhas básicas) pela manhã (nem que seja três vezes por semana apenas); e prometo ficar rico jogando na Mega da Virada (todo ano faço dois jogos – um escolho aleatoriamente os números, e outro “mando a máquina jogar”!) no último dia do ano.
            Todo ano é a mesma coisa, os mesmos planos, as mesmas promessas e as mesmas quebras de promessa, o que nos faz pensar que o espírito contagiante e característicos de um ano que se inicia é isso mesmo, não de levar a cabo tudo aquilo que se pretende fazer, mas sim em se querer mudar, em se querer fazer algo, em se querer “ir para frente” (em iniciar a leitura daquele livro que está “mofando” na sua estante, em assistir aquele filme, em se passar naquele concurso, em se fazer aquele regime, em levar uma vida mais saudável com práticas de exercícios físicos, etc). O importante, nessa época do ano, não é nem mesmo se levar a cabo tudo aquilo que se planejou, mas sim em se querer algo diferente (e bom) para o ano que se inicia.

Feliz ano novo, amigos leitores, que acompanham este blog!

Quais são seus planos e promessas para este ano que se inicia? Começou bem para levar a cabo as promessas feitas no primeiro dia de 2014 ou já começou quebrando as promessas?

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