Eu sou um eterno nostálgico, desses que passa horas a fio,
parado, rindo sozinho de uma saudável e agradável lembrança; sou desses que são
capazes de se acabar em lágrimas ao se dar conta de que aquele fato, lembrado
com tanto carinho, que não vai mais voltar, que por mais que a gente se
esforce, não consegue voltar no tempo para vivê-lo novamente, para fazê-lo de
forma diferente, ou simplesmente para fazê-lo exatamente igual.
Eu sou um eterno nostálgico, desses que não cansa, nunca, de
rir novamente, novamente e novamente de uma coisa passada há tanto tempo, que,
embora sendo o mesmo fato, cada vez que eu o lembro, o faço de maneira
diferente, o sinto de maneira diferente, o revivo de maneira diferente em
minhas doces lembranças; sou desses que é capaz de se arrepiar a cada vez que revê
e revive determinada lembrança, que sente um arrepio percorrendo todo o corpo quando
ouço determinada música que me faz lembrar de determinada e tocante lembrança.
Eu sou um eterno nostálgico, desses que por vezes são
extremamente egoístas, que não gosta de compartilhar com ninguém uma doce
lembrança, mas, por vezes, sou desses que tem vontade de, às 3 da madrugada,
ligar para o amigo com quem se viveu tal momento, só para podermos revivê-lo e
rirmos juntos.
Eu sou um eterno nostálgico, desses que vive eternamente com
um pé no passado, desses que vive intensamente o presente com a esperança de
que, no futuro, quando o presente for passado, poder me lembrar de tal tempo com
uma especial, intensa e saudável saudade.
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