Não canso de dizer o quão impressionado
fiquei pelo livro A Estrada, do
escritor norte-americano Cormac McCarthy. Em todo o livro, da primeira à última
página, reina uma atmosfera de desolação e tensão, de medo e expectativa, que
envolve o leitor.
A
história aparentemente simples, narra a saga de um homem e seu filho, que
seguem por uma estrada desolada rumo ao sul, sozinhos, num mundo que foi
inteiramente destruído. Nessa empreitada, eles têm que lutar pela sobrevivência
e buscar, da melhor maneira possível, encontrar meio de encontrar comida e de
se aquecer nas noites escuras e frias. No entanto, eles não estão sozinhos, não
são os únicos sobreviventes às catástrofes que estão nessa estrada. A estrada
está repleta de homens degradados, que em seu desespero começam a devorar uns
aos outros, e um único homem acompanhado de seu filho, uma criança, podem se
tornar um alvo fácil para esses “bandoleiros”.
O
homem, acompanhado de seu filho, levam apenas mochilas às costas e um carrinho
de supermercado com poucos suprimentos, vivem com a eterna expectativa do que
podem encontrar na próxima curva da estrada, nas cidades abandonadas por que
passam. Carregando sempre junto a si um revólver onde há apenas duas balas, o
homem espera nunca ter que usá-lo, para proteger a si mesmo, e principalmente seu
maior tesouro, o único que lhe restou após o “apocalipse”: seu filho.
Uma
história marcante e que, apesar de possuir praticamente apenas dois personagens
(o homem e seu filho), o autor consegue, de forma tão magistral, prender o leitor
de tal forma, deixando-o no ar uma eterna tensão e expectativa de como vai
terminar a jornada solitária dos dois viajantes, dos dois únicos sobreviventes
do que restou de humanidade no mundo.
História
de medo e de solidão, mas também uma história de profundo amor, do homem para
com seu filho, do mais verdadeiro afeto e confiança do filho para com seu pai.
O livro também vai ganhar uma
adaptação para o cinema, com lançamento previsto para esse primeiro semestre, e
terá Viggo Mortensen como protagonista.
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