Philip Roth, escritor
norte-americano nascido em Newark, Nova Jersey, em 1933, numa família de origem
judaica, é considerado um dos maiores romancistas do seu país na segunda metade
do século XX. É conhecido, sobretudo, pelos romances, mas também tem uma
extensa obra em contos e ensaios.
Entre as suas
obras mais conhecidas encontra-se a coleção de contos Goodbye, Columbus, de 1959, a novela O complexo de Portnoy (1969), e a sua trilogia americana,
publicada na década de 1990, composta pelas novelas Pastoral Americana (1997), Casei
com um comunista (1998) e A Mancha
humana (2000).
Muitas de suas obras refletem os
problemas de assimilação e identidade dos judeus nos Estados Unidos e explora a
natureza do desejo sexual e da autocompreensão. A marca registrada da sua
ficção é o monólogo íntimo, dito com um humor amotinado e a energia histérica
por vezes associada com as figuras do herói e narrador de O complexo de Portnoy, a obra que o tornou conhecido.
Venceu diversos prêmios literários,
inclusive o Pulitzer, na categoria
ficção, pelo seu livro Pastoral Americana,
em 1998.
Em seu mais novo livro, Indignação, Roth, conta a história de
Markus Messner, um jovem judeu residente em Newark. Estudioso, Markus
acostumou-se, desde cedo, a ouvir das pessoas que tinha um longo e belo futuro pela frente. Destaca-se na escola pelas
excelentes notas e bom-comportamento. No entanto, apesar de fazer sempre o que
os outros esperam dele, sendo um bom filho, não se envolvendo com coisas
erradas, que não sejam da tradição a que sua família segue, ele se vê obrigado
a, na maioridade, quando entra pra universidade, ir embora para estudar numa no
estado de Ohio, na Universidade de Winesburg, uma instituição conservadora,
tudo porque seu pai, um açougueiro Kosher,
vigoroso, parece ter enlouquecido ante a menor probabilidade de seu filho se desvirtuar – louco de medo e apreensão
que os perigos da vida adulta e o mundo cercam seu único filho.
Cansado da insegurança e da loucura
de seu pai, Markus se muda e passa a viver num quarto do alojamento da
universidade, que fica no Meio-Oeste americano. Lá, no primeiro quarto que
ocupa, tem desentendimentos com um dos companheiros de quarto, e acaba se
mudando. No segundo quarto a que ocupa, apesar de ter encontrado, pelo jeito, um
outro aluno tão aplicado e discreto quanto ele, teve desentendimentos, e mais
uma vez teve que mudar de quarto, indo, dessa vez, ocupar um quarto sozinho, o
que acabou por chamar a atenção do diretor da universidade, que o chama para
conversar e tentar entender os problemas de sociabilidade do jovem e talentoso
judeu.
Em meio a todas as confusões do
inicio dessa fase de sua vida, Markus também se vê numa fase de descobertas em
sua vida, de uma paixão arrebatadora por Olívia, uma não-judia cujos pais são divorciados,
tentou suicídio e sofreu de problemas de ordem psicológicos, que a levaram,
inclusive, a ser internada.
Medo, insegurança, conflitos e
incompreensão acabaram por levar o promissor aluno de direito da Universidade
de Winesburg aonde ele não quer ir: para a Coréia, no auge dos conflitos, onde
os Estados Unidos estão envolvidos, de onde ele conta sua história após ter
sido ferido, sob o efeito da morfina.
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