terça-feira, 13 de outubro de 2009

Resistência às Novas Tecnologias



Eu, definitivamente, tenho me descoberto uma pessoa um tanto quanto resistente às novas tecnologias. Pode-se dizer que, em alguns casos, se não sou inteiramente avesso às inovações tecnológicas, sou pelo menos um tanto quanto resistente às mudanças, demorando a me acostumar a elas. E mais, quando não é a resistência, pelo prazer da nostalgia, chego, por vezes, a regredir, tecnologicamente falando. Exemplo maior disso é o fato de meu desejo expresso de aposentar o meu computador e passar a escrever numa boa e velha “Máquina de Escrever”, pois com esta, pelo menos não sofro com problema de perda de arquivos, no caso de uma queda de energia. Outra “Maravilha Tecnológica” que quero aposentar é o meu celular, de última geração, que possui rádio AM/FM, Bluetooth, Cartão de Memória, Camera Digital, que filma e bate fotos em alta resolução, GPS, toca mp3, reproduz filmes, etc, etc e etc, mas que na hora de fazer ligação, que é o que realmente interessa... enfim, desejo trocá-lo por um aparelho mais útil, como um bom e velho Motorola, apelidado carinhosamente de “Tijolão”. Agora, o difícil, nesse caso, é  encontrar uma rede de telefonia móvel compatível com o aparelho, afinal de contas, para artefatos desse “calibre” não é toda operadora que está preparada.
            No entanto, há novas tecnologias, verdadeiras “revoluções tecnológicas em curso”, tidas irreversíveis, que sou verdadeiramente “contra” e as vejo com maus olhos. Para mim, o maior exemplo disso é o caso dos “e-Readers”, vulgo “livros eletrônicos”, que, nessa semana, ganharam destaque em algumas das principais revistas do país, sendo, inclusive, capa de uma delas (na verdade, o “apetrecho tecnológico” dividiu a capa da publicação em questão com nosso maior escritor de Best-Sellers: Paulo Coelho). A princípio, a bugiganga parece até simpática, e eu até iria com a sua cara, se, o que ela “combatesse” não fosse o que, para mim, a mais perfeita e importante revolução tecnológica de todas: o livro.
            Os “livros eletrônicos”, tal como estão sendo colocados, representam o que há de irreversível no tocante a evolução dos livros impressos. Os “inimigos dos livros impressos”, como interpretei em algumas reportagens, surgiram para, num futuro não muito distante (para não dizer “em breve”) substituir os livros, tal como os conhecemos, e revolucionar a maneira como lemos.
            Eu, por meu lado, não concordo muito com essa “revolução”, muito por ser um completo e total apaixonado por livros, como os temos hoje. Os livros eletrônicos têm sua serventia, sim; existe a questão da praticidade, que é inegável, principalmente para estudantes, que muitas vezes precisam andar para cima e para baixo com uma enorme quantidade de livros (impressos), para realizar suas leituras, consultas, pesquisas, etc, e para profissionais que necessitam ter sempre à mão um considerável volume de obras para consultas. E como carregar uma considerável quantidade de livros, dadas as circunstâncias, torna-se algo inviável, o Livro Eletrônico surge como uma importante ferramenta. Mas para os apaixonados não só pelo livro em si, mas também pelo prazer da leitura a que só um Livro pode proporcionar, não há nada, por mais bonitinho, leve e moderno que seja, que possa vir a substituir o livro.
            O Livro Eletrônico representa uma evolução, sim, que é irreversível, no entanto, não acredito que o Livro Impresso venha a entrar num processo de extinção, pois haverá sempre, em algum lugar do mundo, aquele leitor, apaixonado por livros, pelo seu cheiro, pelo prazer de sentir o passar das páginas, da vida nelas impressas.

Um comentário:

  1. Caro amigo Lima Neto
    Calma meu amigo, livros são eternos e não serão substituidos por e-books. Tenho certeza disso.
    Apaixonados por livros impressos sempre existirão.

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