Final
do ano se aproximando, e eu me vejo aqui, sentado de frente ao computador, pensando
em tudo aquilo que havia planejado para o ano de 2009. Muitos planos foram
concretizados, outros parcialmente, alguns se mostraram inviáveis enquanto
outros não foram nem tentados. Mas no geral, coloco 2009 como um ano muito bom,
em que meu sonho maior foi realizado, e estou iniciando minha “carreira
literária”. Uma História em Cinco Vozes
foi um sucesso de crítica e público, sua primeira tiragem foi esgotada e tive
que correr para providenciar uma segunda, para este final de ano, para que não
faltasse livros para “meus leitores”. Terminei outro livro, Espelho Quebrado, que ainda não tem data
fechada para lançamento, mas que provavelmente será já no primeiro semestre de
2010, e ainda há outros projetos literários para 2010, como a publicação de
outro livro de contos e novelas, um “livro ilustrado” e ainda outros romances a
serem iniciados.
As leituras de 2009 foram muito
boas, apesar de alguns livros não terem sido dos mais interessantes. Iniciei 2009
lendo O Conde de Monte Cristo, um dos
mais engenhosos e belos livros que já li em minha vida, li livros de contos e
crônicas para desopilar vez por outra, me surpreendi quando li Indignação, fiquei perturbado quando li Fome e tocado quando me deparei com O Filho Eterno. Fiz a releitura do que,
para mim, é um dos mais belos livros da literatura brasileiro de todos os
tempos, Olhai os Lírios do Campo, e
ri bastante com alguns livros de Luis Fernando Veríssimo, além de ter
descoberto, tardiamente, é verdade (mas, como diz o ditado: antes tarde do que
nunca!) Jorge Amado. Conheci alguns belos livros da literatura brasileira e
fiquei encantado com as histórias de Francisco Alves Martins Neto, nas
histórias de seu livro Crônicas
Sensoriais, além de ter descoberto algumas belas histórias (e livros) da
literatura potiguar. Li biografias, contos, crônicas, romances, clássicos, Best-sellers,
policiais, livros de ficção científica, cartas de amor (com o livro Para sempre – 50 cartas de amor de todos os
tempos), mas não tive a coragem de encarar Ulysses, de James Joyce, e tive que adiar os planos de ler tal
livro nas minhas próximas férias. Conheci obras magníficas da literatura
mundial, clássicos que me envergonhava de nunca ter lido, como Admirável Mundo Novo, Fahrenheit 451, A Revolução dos Bichos, além de alguns belíssimos livros da
literatura brasileira, como Meninos de
Engenho e Capitães da Areia e
bebi cada palavra de Os Miseráveis e
me apaixonei perdidamente, surpreendido enormemente com a doçura das palavras
de Felicidade Conjugal. No entanto,
as leituras de 2009 não foram só flores, pois também houveram algumas
decepções, como A História de Edgar
Sawtelle (que é uma contra-indicação
de leitura que faço) e a leitura do insosso A
Professora de Piano.
Russos, brasileiros, potiguares,
alemães, franceses, norte-americanos, italianos, ingleses, africanos, orientais,
enfim, foram muitos os livros lidos, muitas surpresas e algumas decepções, mas
que 2009 foi um ano e tanto, isso é inegável.
Trabalhei muito, escrevi muito, li
muito, tive tempo para muita coisa e faltou tempo para outras. Não entrei na
academia, ganhei peso, perdi peso, não ganhei na Mega-Sena (também, não
joguei!) como havia planejado. Solidifiquei amizades, fiz novos amigos, e
acredito não ter feito nenhuma inimizade. O blog eu mantive bastante ativo,
recebi inúmeros e-mails de leitores, elogiando ou criticando os textos,
participei ativamente do Skoob,
descobri o Livro é Tudo e participei
da organização do Primeiro Concurso Cultural, que distribuiu inúmeros livros
como premiação deste portal.
E revendo tudo isso, percebo que, apesar
de não ter realizado tudo aquilo que planejei no início do ano, curti cada
momento daquilo que empreendi. O que fiz, o que conquistei, não foi fruto de um
gênio surgido de uma lâmpada mágica que realizou, num passe de mágica, meu
desejo, mas sim, fruto de muito esforço e perseverança.
Sei que muito do que não foi feito
deve-se a simples falta de tempo. Também, eram tantas coisas a fazer, tantos
planos, que seriam necessário pelo menos 5 anos pra dar cabo de tudo! O que foi
feito, o que foi conquistado, valeu a pena, foi suado e hoje me vejo orgulhoso
por tudo isso.
2010
está aí, batendo à nossa porta, e o que planejo para esse ano? Eu não sei,
ainda. Só sei que 2009 foi um ano muito bom e me encontro, hoje, curtindo os
louros da vitória e descansando, pois um novo ano está para começar e uma nova
luta está para ser iniciada.
Desejo a todos um feliz 2010, repleto de
muitos planos e sonhos realizados, e muitos livros lidos.
Obrigado Lima Neto, pela citação do meu livro no seu artigo. Isto muito me honra vindo de vc.
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