tag:blogger.com,1999:blog-4009794358949889753.post5298458210861967953..comments2023-05-21T06:39:32.239-03:00Comments on Lugar das palavras: O Homem que esperavaEscritor Lima Netohttp://www.blogger.com/profile/12981601613670166560noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-4009794358949889753.post-41210760451366265932011-03-01T20:22:05.105-03:002011-03-01T20:22:05.105-03:00Bem... Escrevi este pequeno texto no facebook hoje...Bem... Escrevi este pequeno texto no facebook hoje, e achei que de alguma forma, há um laço indizível, sufocante talvez, daqueles enlaces que fazem nó - como os bebês que nascem enroscados com o cordão umbilical -, dando e tirando ao mesmo tempo a vida. <br />Segue o pequeno texto que eu escrevi: "O lugar em que os signos faltam e a fonte em que as palavras germinam, tem uma origem em comum. Falta e a abundância. Dizem que não há diferença entre o excesso e o vazio. O prazer é tudo aquilo que arranha, lanha, machuca, mascara, arde, inflama. Já a dor é o orgasmo do algoz, o doce veneno, o regozijo da fêmea incandescente. Prazer e dor, todo e nada, são a articulação do involuntário respirar humano" (Alex Azevedo).Alex Azevedo Diashttps://www.blogger.com/profile/04647229323948735067noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4009794358949889753.post-2356705067010950922011-03-01T09:55:54.758-03:002011-03-01T09:55:54.758-03:00" Como que acordando de seu estado de transe,..." Como que acordando de seu estado de transe, o homem percebe, pela primeira vez naquele dia, que está só, mesmo havendo tanta gente ao seu redor." Interessante este instante em que se dá conta de sua solidão. Será que, quando antes estava só mas assim não se apercebia, realmente estava só? Parece um instante em que algo se rompe ou é rompido, e uma queda, uma quebra, se dá, repentina.<br />Outro trecho que me provocou esse pensamento foi este: "Naquele momento, quando o sol ia descansar e as primeiras luzes se acendiam, ele sentiu, talvez pela primeira vez na vida, o desejo de uma companhia." Uma transição, é o que está na imanência dessa passagem. A substituição da luz natural - do Sol que vai descansar -, e o surgimento das luzes artificiais, da praça pública. Achei uma belíssima metáfora da saída de cena da centelha da juventude, figurada pela imagem do Sol se retirando, e a entrada de uma condição na qual a própria luz deve ser criada, num esforço subumano. A personagem se vê, pela primeira vez, carente afetivamente de companhia. Duas luzes, a primeira natural, de sua vida inteira, e a segunda artificial, de sua velhice na solidão. Uma inquietante familiaridade, que de tão próxima, porém desfocada, faz a experiência de estranhamento. Um grande abraço, Alex.Alex Azevedo Diashttps://www.blogger.com/profile/04647229323948735067noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4009794358949889753.post-77560515703676228952011-02-21T06:38:39.380-03:002011-02-21T06:38:39.380-03:00lembrei seu romance ESPELHO QUEBRADO... cronica mu...lembrei seu romance ESPELHO QUEBRADO... cronica muito boa...A gente anda por aí mesmo sem olhar para ninguem... Abraços JOSUEAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4009794358949889753.post-66975516791685854732011-02-20T15:57:01.907-03:002011-02-20T15:57:01.907-03:00Ás vezes não nos damos conta que um sorriso, um ab...Ás vezes não nos damos conta que um sorriso, um abraço, um carinho faz tão bem! Temos vontade de abraçar nossos pais, tios, irmãos e até (ou mais ainda) nossos amigos, mas não abraçamos temos medo de algo que não sabemos ao certo o que seja.<br />Seu texto demonstra exatamente isso, que um carinho não machuca, não destrói ninguém, ele serve para nos sentirmos únicos e vivos! <br />Devemos sim, sbraçar, sorrir... Ninguém sabe quando a morte, o talvez segredo da vida, irá nos beijar. <br /><br /><br />"Eu sei que determinada rua que eu já passei <br />Não tornará a ouvir o som dos meus passos <br />Tem uma revista que eu guardo há muitos anos <br />E que nunca mais eu vou abrir <br />Cada vez que eu me despeço de uma pessoa <br />Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez <br />A morte, surda, caminha ao meu lado <br />E eu não sei em que esquina ela vai me beijar <br />Com que rosto ela virá? <br />Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer? <br />Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque, <br />Na música que eu deixei para compor amanhã? <br />Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro? <br />Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada, <br />E que está em algum lugar me esperando <br />Embora eu ainda não a conheça? <br />Vou te encontrar Vestida de cetim <br />Pois em qualquer lugar <br />Esperas só por mim <br />E no teu beijo <br />Provar o gosto estranho <br />Que eu quero e não desejo <br />Mas tenho que encontrar <br />Vem Mas demore a chegar <br />Eu te detesto e amo <br />Morte, morte, morte que talvez <br />Seja o segredo desta vida <br />Qual será a forma da minha morte <br />Uma das tantas coisas que eu nao escolhi na vida<br />Existem tantas... um acidente de carro <br />O coração que se recusa a bater no próximo minuto <br />A anestesia mal-aplicada <br />A vida mal-vivida <br />A ferida mal curada <br />A dor já envelhecida <br />O câncer já espalhado e ainda escondido <br />Ou até, quem sabe, <br />O escorregão idiota num dia de sol <br />A cabeça no meio-fio Ó morte, tu que és tão forte <br />Que matas o gato, o rato e o homem <br />Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres <br />Me buscar <br />Que meu corpo seja cremado <br />E que minhas cinzas alimentem a erva <br />E que a erva alimente outro homem como eu <br />Porque eu continuarei neste homem <br />Nos meus filhos <br />Na palavra rude que eu disse para alguém <br />Que não gostava <br />E até no uísque que eu não terminei de beber / Aquela noite...<br /><br />(Canto Para Minha Morte, Raul Seixas)Jéssica Oliveiranoreply@blogger.com